Salamandra-de-fogo - Foto A.Sobreira/SPE
Na Cerrada do Filipe, perto do cabeço da Azambuja, em plena área de lapiás em estratos sub-horizontais, estão a ser depositadas toneladas de estrume de aviário. O estrume é transportado em grandes camiões e espalhado com buldozer pelo lapiás, tendo já espessura superior a 1 metro.
O cheiro nauseabundo e as moscas espalham-se a várias centenas de metros em redor, ao sabor da direcção do vento. Até ao momento não conhecemos os responsáveis deste crime ambiental que, além dos efeitos mais evidentes, põe em risco os recursos hídricos subterrâneos da região.
A SPE contactou já as autarquias com jurisdição sobre a área e espera que a situação seja rapidamente revertida.

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A febre do futebol é justificação para os maiores desvarios e no Covão do Coelho pode assistir-se à mais recente prova de boçalidade do nosso povo. O lapiás da crista de calcários que se situa no alinhamento da Lapa do Picareiro foi pintado com dois grandes rectângulos vermelho e verde e um círculo amarelo. O mínimo que esperamos é que sejam identificados os autores desta torpe demonstração de desrespeito pelos valores naturais da região e que os culpados sejam obrigados a recuperar convenientemente os lapiás. A junta de freguesia de Minde e o PNSAC já foram contactados pois consideramos que têm também um papel a desempenhar na resolução da situação e na prevenção contra futuras iniciativas lesivas do património natural.
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Na fronteira entre os concelhos de Alcanena e Porto de Mós está a ser criada uma das maiores lixeiras clandestinas de Mira de Aire. É já conhecida a sorte de muitos dos caminhos rurais da vertente onde se situa vila de Mira de Aire, utilizados para vazadouros ocasionais dos mais diversos tipos de entulhos e lixos, como a SPE já várias vezes denundiou. Todavia, a lixeira do Vale Mirão é talvez a mais grave, não só pelas dimensões que já atingiu mas também por afectar gravemente a paisagem deste vale que é o mais entalhado dos que descem aquela vertente em direcção ao fundo do polje de Minde. Ela é também a infeliz prova da falta de civismo e de cultura do nosso povo e dos nossos autarcas, na medida em que, ao que saibamos, nem os moradores denunciam a situação nem a junta de freguesia de Mira de Aire se opôs de forma eficaz a estes actos.
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