Descoberto na década de 60 do século XX por sócios da SPE em prospecção na região de Chão das Pias, este algar, então também conhecido por Algar das Gralhas, situa-se na extremidade setentrional do Planalto de Santo António, numa zona em que as circulações subterrâneas têm vários caminhos alternativos para um conjunto de pequenas nascentes associadas à cabeceira do Rio Lena. Traçagens com corantes fluorescentes realizadas cerca de três décadas depois demonstraram que as águas que circulam neste algar aparecem à superfície na nascente da Moinhola do Maneta, onde em tempos funcionava uma azenha, um pouco a montante da principal nascente do Lena, o Olho de Água da Ribeira de Cima. |
O Algar da Arroteia situa-se numa vertente da grande depressão cársica de Chão das Pias e abre-se em formações calcárias do Jurássico médio, embora o contexto geológico da zona de nascente seja do Jurássico inferior, devendo a tectónica ter um papel importante na localização das nascentes. | |
Base do Poço de entrada do Algar da Arroteia e aspecto das paredes em poço do interior com chão coberto por diques de calcite. | |
Vistas da entrada do Algar da Arroteia | |
J.A.Crispim, Mar. 2012 Como citar este artigo: Crispim, J.A., O Algar da Arroteia em Chão das Pias, in https://www.spe.pt/espeleologia/prospeccao-e-cadastro-espeleologia/328-o-algar-da-arroteia-em-chao-das-pias, Mar. 2012 |