A nascente do Olho Marinho e as grutas da Columbeira, no vale tifónico de Óbidos - Caldas da Rainha

Tema da acção
Com esta acção pretende-se dar uma panorâmica do maior vale tifónico português e dos fenómenos cársicos superficiais e subterrâneos dos arredores.

Espaço onde decorre a acção
Concelhos de Óbidos e Bombarral

Datas das acções
Brevemente disponível através da página da Ciência Viva no Verão.

Local de partida/ponto de encontro
Parque de estacionamento do Pingo Doce, em Óbidos.
Coordenadas: 39.352478N -9.159151W

Como Chegar
Ir pela A8, sair em Óbidos

Número de participantes admitidos
20 por sessão.

Hora de início
10.00h.

Duração aproximada
8 horas.

Características do percurso
Parte do circuito faz-se por caminho de pé posto, com alguns troços por estrada de terra.

Inscrição gratuita

Idade mínima
8 anos

Realização da inscrição
A inscrição prévia é obrigatória e realiza-se através da página da Ciência Viva no Verão..

Em caso de necessidade poderá contactar o responsável das acções através do e-mail Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. ou dos telefones 916636461 e 919876645.

Responsáveis
Ilda Calçada
Filipe Alberto
Sandra Amaro

Apoio Científico
Prof. Doutor José António Crispim

IMPORTANTE
Os interessados devem possuir viatura própria ou assegurar lugar na de outros participantes e levar botas de campo, chapéu, uma muda de roupa e calçado, farnel, água (1,5L por pessoa) e protector solar. O equipamento para as visitas (eventuais/facultativas) às grutas é fornecido pela entidade responsável pela acção.


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PROGRAMA

Resultante do fenómeno de diapirismo, no qual as formações mais plásticas e menos densas da base da série sedimentar mesozóica da Bacia Lusitânica ascenderam à superfície, o vale tifónico de Óbidos é constituído por um fundo deprimido entre áreas planálticas com as quais contacta em geral por superfície de falha. Nesse fundo afloram as argilas e margas da formação da Dagorda, do Hetangiano, acompanhadas por gessos e calcários dolomíticos a que se associaram rochas intrusivas doleríticas. Calcários e doleritos, sendo rochas mais resistentes à erosão, formaram pequenos relevos residuais que se elevam acima das argilas, mais brandas, com cores avermelhadas, esverdeadas ou esbranquiçadas. As gesseiras, abertas para explorar o gesso, têm lavra subterrânea ou a céu aberto e é ainda possível encontrar massas ou cristais de gesso.

Exploração de gessos perto de Óbidos

As áreas planálticas que circundam o vale tifónico são constituídas por calcários do Jurássico médio e superior onde a paisagem cársica pouco desenvolvida concorre com a erosão fluvial que escavou profundos entalhes no rebordo do vale tifónico. Um dos casos mais interessantes é o Vale Roto, por onde corre a Ribeira da Zambujeira (ou da Columbeira), afluente do Rio Real, que atravessa todo o vale tifónico. Nas vertentes escarpadas abrem-se várias grutas constituídas por galerias relacionadas com antigas nascentes das águas infiltradas nos planaltos vizinhos. Estas grutas forneceram espólio arqueológico e uma delas permite atingir o nível da água no aquífero.

Escombreiras de vertente no Vale Roto

Descida da Lapa do Suão

No entanto, é em Olho Marinho que se situa a mais importante nascente cársica da região, à qual se associa um extenso afloramento de tufos calcários com várias texturas e com alguns níveis de carvão fóssil intercalados.

A nascente cársica de Olho Marinho