Faleceu no dia 8 de março de 2021 o geólogo Prof. Miguel Magalhães Ramalho. O Prof. Miguel Ramalho foi um dos sócios mais antigos da SPE, e que ajudou a relevar a vertente científica da espeleologia. Da atividade do Prof. Ramalho destacam-se as suas lutas pela preservação do ambiente e do património natural, dos geossítios, do Museu Geológico de Lisboa e do antigo Instituto Geológico e Mineiro, atualmente integrado no Laboratório Nacional de Energia e Geologia. O Prof. Ramalho foi autor de inúmeros artigos científicos, sendo especialista em micropaleontologia do Jurássico superior e Cretácico inferior e atualmente era diretor pro bono do Museu Geológico, cargo que assumiu em 2007 quando se jubilou. 
O Prof. Miguel Magalhães Ramalho entre os professores Georges Zbyszewski e António Ribeiro durante uma visita de campo à Arrábida (Foto J.A.Crispim/1980)

Sócio da SPE desde os anos sessenta e Tesoureiro durante mais de uma década, foi o seu rigor contabilístico, clareza e pormenor das apresentações que o distinguiram nesses primeiros anos de dedicação à SPE. Desses tempos lembramo-nos de explorações em grutas na Ota e várias visitas à Gruta da Contenda cujas passagens estreitas e tortuosas o levaram a idealizar e encomendar um fato-macaco devidamente protegido contra essas e outras tormentas do mundo subterrâneo, a mais severa das quais terá sido o Joelhódromo na Gruta dos Moinhos Velhos. Ainda contemporâneo da Secção de Paletnologia da SPE, dinamizada por Carl Harpsöe, cedo se apaixonou também pelas áreas do conhecimento desse âmbito e passou a acompanhar trabalhos, visitas e excursões por todo o país e no estrangeiro, acamaradando com Alves Bento e muitos outros.

Acompanhando sem hiatos várias gerações de espeleólogos da SPE, a constância da sua presença em todas as actividades, com a sua inseparável máquina fotográfica, permitiu-lhe documentar assembleias, congressos, comemorações e convívios que efectuámos.

Afável, solidário, empenhado, companheiro, amigo. Era o Rijo.

A todos os familiares e amigos, a Direcção Nacional da SPE apresenta os mais sentidos pêsames.

Edmundo Afonso Rijo entrando na Gruta de Bolhos em visita efetuada no âmbito de curso de iniciação (acompanhado por Armando Gonçalves Cardoso) - Foto de Lourenço Lopes Pereira final dos anos 60Edmundo Afonso Rijo entrando na Gruta de Bolhos em visita efetuada no âmbito de curso de iniciação (acompanhado por Armando Gonçalves Cardoso) - Foto de Lourenço Lopes Pereira final dos anos 60

Sócio da SPE desde os anos sessenta e Tesoureiro durante mais de uma década, foi o seu rigor contabilístico, clareza e pormenor das apresentações que o distinguiram nesses primeiros anos de dedicação à SPE. Desses tempos lembramo-nos de explorações em grutas na Ota e várias visitas à Gruta da Contenda cujas passagens estreitas e tortuosas o levaram a idealizar e encomendar um fato-macaco devidamente protegido contra essas e outras tormentas do mundo subterrâneo, a mais severa das quais terá sido o Joelhódromo na Gruta dos Moinhos Velhos. Ainda contemporâneo da Secção de Paleontologia da SPE, dinamizada por Carl Harpsöe, cedo se apaixonou também pelas áreas do conhecimento desse âmbito e passou a acompanhar trabalhos, visitas e excursões por todo o país e no estrangeiro, acamaradando com Alves Bento e muitos outros.  Acompanhando sem hiatos várias gerações de espeleólogos da SPE, a constância da sua presença em todas as actividades, com a sua inseparável máquina fotográfica, permitiu-lhe documentar assembleias, congressos, comemorações e convívios que efectuámos.  Afável, solidário, empenhado, companheiro, amigo. Era o Rijo.  A todos os familiares e amigos, a Direcção Nacional da SPE apresenta os mais sentidos pêsames. 	  Edmundo Afonso Rijo entrando na Gruta de Bolhos em visita efetuada no âmbito de curso de iniciação (acompanhado por Armando Gonçalves Cardoso) - Foto de Lourenço Lopes Pereira final dos anos 60Edmundo Afonso Rijo entrando na Gruta de Bolhos em visita efetuada no âmbito de curso de iniciação (acompanhado por Armando Gonçalves Cardoso) - Foto de Lourenço Lopes Pereira final dos anos 60  Rijo2Rijo de visita à exposição "70 anos de Espeleologia nas Grutas de Mira de Aire - 1947-2017” patente nas Grutas de Mira de Aire, por ocasião das comemorações do 70 aniversário da SPE em 2018 - Foto de António SobreiraRijo de visita à exposição "70 anos de Espeleologia nas Grutas de Mira de Aire - 1947-2017” patente nas Grutas de Mira de Aire, por ocasião das comemorações do 70 aniversário da SPE em 2018 - Foto de António Sobreira

CONVOCATÓRIA

Nos termos dos Art.ºs 36º, 39º, 40º e 41º dos Estatutos da Sociedade Portuguesa de Espeleologia, convoco a reunião do Congresso Nacional, para ter lugar na Sede da Delegação de Minde – Rua Principal nº521 - 2380-572 Covão do Feto, no dia 30 de janeiro de 2021, sábado, com início às 09:30 horas e com a seguinte

ORDEM DE TRABALHOS:

boasfestas2020

Foram muitas as adversidades vividas ao longo destas mais de sete décadas, mas a situação atual será muito provavelmente uma das mais difíceis para as pessoas e para as instituições, das quais a SPE não é exceção.

Mas se a situação impõe distanciamento físico, reforça ainda mais a lembrança e, portanto, se este ano não podemos comemorar juntos o aniversário da SPE, não deixaremos obviamente de evocar a data ainda com maior determinação. Porque esta evocação não constitui apenas uma ação institucional que nos “impõe” a obrigação de referir e de comemorar. Não é apenas uma data importante ou incontornável de calendário. O aniversário da SPE comemora e celebra sempre o empenho dos sócios que mantém a SPE viva, ativa e com esperança no futuro.